Átila

Como você está depois dessa triste derrota de nosso selecionado canarinho? Ainda vivendo os efeitos das emoções? É, eu também. Tive o privilégio de assistir ao tri, tetra e, agora, que pensei que seríamos penta… Bem, sempre podemos tentar analisar o que aconteceu e dar opiniões, sempre infalíveis, de como nossa seleção deveria ter se portado em campo, como o Zagallo deveria ter administrado melhor o time, como os jogadores não honraram a camisa, como nossas esperanças foram lançadas na lama por um “bando” de caras que GANHAM muito $$$ prá jogar e não conseguem vencer uma seleção ruim como a da França!

Na verdade, ninguém está preparado para o erro e a derrota. Não estou falando só nos esportes. Pense na vida como um todo. Quantas pessoas que você conhece conseguem administrar uma derrota e aproveitar as melhores lições dela? Pensando bem, as pessoas trabalham sempre com aquelas posturas evasivas e sem consistência, como “Se eu tivesse tido mais condições, nada teria terminado desse jeito.” ou “A culpa é do fulano que, por ciúmes, vem tentando puxar meu tapete há tempos…” ou “A gente faz o nosso melhor e sempre aparece alguém pra atrapalhar tudo!” ou “Quando é que a vida vai ser melhor comigo?” ou ainda “A culpa de tudo isso é de Deus”.

A vontade de culpar alguém por um erro ou uma derrota sofrida está no íntimo do ser humano desde os tempos de Adão e Eva. Naquela ocasião, um estava tentando passar para o outro a responsabilidade da derrota pessoal sofrida ante o desafio de obediência no relacionamento entre Deus e eles. Hoje, nessa nossa sociedade competitiva, cheia de testes de admissão, de vestibulares que se tornam ritos de passagem, de graduações, de especializações, de “maneiras certas” de fazer, de qualificação, um resvalo pode custar uma grande oportunidade, a derrota não pode ser admitida, ela simplesmente não existe no vocabulário da pessoa que quer vencer.

Bem, parece que esse vocabulário não pode ser estabelecido como realidade para nenhum ser humano. Erro e derrota fazem parte do dia-a-dia de qualquer pessoa normal. Tentar negá-los equivale ao desejo de fazer a chuva parar de cair… tapar o sol com a peneira da ignorância e da alienação…

Uma pessoa que ensinou como se pode lidar corretamente com erros e derrota foi Paulo, o apóstolo.

“É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui me tornar perfeito. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a meta a fim de conseguir o prêmio da vitória (…) por meio de Jesus.”
Bíblia, livro de Filipenses, capítulo 3, versos 13 e 14Ele mostrou que admitir o erro e se aproveitar de uma situação de derrota, não para se auto-justificar e fazer-se vítima de um “mundo cruel”, faz você crescer e recobrar as forças, desde que tenha o apoio de uma vida nova com Jesus. Senão a probabilidade de você reeditar essa derrota, pelo simples fato de não ter reciclada sua vida, é imensa!

Que a gente brasileira possa aprender essa lição do equilíbrio e sanidade que uma vida na dependência de Deus pode trazer, mesmo em meio à derrota e ao erro.

“Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa;
acabou-se o que é velho, e tudo se fez novo.”
Bíblia, Primeiro livro de Coríntios, capítulo 5 verso 17

Texto Bíblico Utilizado: Filipenses 3:13 e 14