Átila

Gosto muito de realizar tarefas semanais com meus filhos. É um tempo em que ficamos mais perto e muitos princípios de vida podem ser legados, passados, como verdadeira herança.

Na semana passada estava com meu filho recolhendo as folhas secas de nosso quintal e calçada. Fora um dia de muito vento, logo você pode imaginar o número de folhas – era notável! Quando o cansaço começou a “bater” passou por nossa mente um desejo intenso de arrancar o grande eucalipto que mora há mais tempo que nós naquela rua, mas que “faz tanta sujeira”! Seria bem mais fácil, imagine, todas as semanas teríamos cerca de 45 minutos livres para descansarmos ou fazermos outras coisas… Que beleza! Perguntei ao meu filho o que ele achava disso. A minha pergunta levou-me a pensar sobre a importância daquela árvore ali. Ar puro, perfume, abrigo para os pássaros, sombra aprazível, a indispensável visão do verde que oxigena também a alma, um bom local para namorar com minha esposa, e muito mais…

Nossa sociedade está no caminho de que sempre o mais simples e prático é o melhor. Será que isso é sempre assim? Será que muitas vezes o que é mais difícil é muito melhor?

Parece que o mais fácil traria a perspectiva de quarenta e poucos minutos que desperdiçaríamos, provavelmente, em frente da TV ou do computador.

Que bom que, nesse caso, “o mais difícil” se torna, o melhor para nós. Fique firme eucalipto, Deus nos ensina uma lição preciosa através de você! Queremos suas folhas em nosso quintal, queremos o trabalho que elas nos dão, queremos aquele tempo juntos, como pai e filho… afinal, eucalipto, partilhamos a vida, os dias e as noites, somos vizinhos!

Abraço e boa reflexão – essa é a parte mais difícil!