Hedy Silvado

Um dos personagens preferidos dos meus filhos quando eram pequenos era o Ursinho Puff. Cansei de ler e reler as mesmas estórias prá eles, ao ponto de sabê-las de cor… Um dos amigos do Puff é um burrinho fofinho, mas com um carinha triste. A característica mais marcante do burrinho é a sua tremenda capacidade de reclamar de tudo. O dia está perfeito, a temperatura agradável, o sol rasgando o céu, mas ele com certeza vai dizer com sua voz monótona: “É , mas pode chover, a gente nunca sabe o que esperar deste clima maluco”. Sua expressão triste e insatisfeita pode afetar os outros.

Você já reparou quando alguém chega num consultório médico, numa fila de banco e começa a reclamar da vida o que acontece? De repente, todos ao redor começam a reclamar de alguma coisa, desde o tempo, até a situação econômica do país, desde a falta de cortesia dos adolescentes até a violência nas grandes cidades. O ser humano em geral não gosta de enfrentar perigos (embora haja alguns que praticam esportes radicais, e amam!), mudanças de planos, incoveniências, estresse… E qual é a resposta habitual diante de situações como estas? RECLAMAR. Não é verdade que todos gostaríamos de ter uma vida tranqüila, sem sobressaltos? Mas a vida não é assim! Nossa verdadeira fonte de estresse é falta de confiança em Deus. Não devemos ficar reclamando para os outros, mas ir direto à fonte de solução – Deus. Com sua orientação podemos até ajudar a resolver algumas situações, indo até as autoridades competentes. Mas a maioria do povo se acostumou a só murmurar, sem fazer nada de concreto.

Desde que o mundo é mundo a “atitude do burrinho” tem estado presente. Moisés passou por muitos desgastes ao lidar com os israelitas na travessia do deserto. O problema dos israelitas era focar nos seus anseios não satisfeitos; sua insatisfação provinha de procurar o que não possuiam, ao invés de enxergar o que tinham (você pode ler parte desta história em Êxodo 16:1-10 e Números 11:1-17). Moisés, ao contrário levava até Deus as suas reclamações – Aquele que realmente poderia resolver o problema.

Então, como você pode se guardar da “atitude do burrinho”? Primeiramente, dependa do poder de Deus e de Sua sabedoria para  ajudá-lo a lidar com a principal causa de estresse – falta de confiança em Deus. Segundo, leve a Deus todas as suas necessidades e anseios, Ele sabe do que você realmente precisa, Ele é o único que tem poder para resolver qualquer problema e responder a perguntas difíceis (mesmo que a resposta não seja a que gostaríamos, Ele sabe o que é melhor para nós). Terceiro, você deve ocupar sua mente com pensamentos de gratidão.

Por nada deste mundo, deixe que desejos insatisfeitos o deixem esquecer as bênçãos de Deus como a vida, a saúde, a família, os amigos… um dia lindo de sol, as flores que ninguém plantou que enfeitam os campos! Faça uma lista de pessoas e coisas pelas quais você é grato a Deus e comece a louvá-lo por elas. Burrinhos não conseguem sobreviver numa atmosfera de gratidão e alegria!

Meu desejo é que ao ler esta mensagem você possa se concentrar no “lençol branco” ao invés de nos “pontos pretos” de sua vida.