L. R. Silvado

“O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu na semana
passada que um cliente ocasional não comete um crime
ao pagar para fazer sexo com crianças e adolescentes.”

(Gazeta do Povo de 23 de junho de 2009)

o STJ aprovou a pedofilia! Uma das justificativas é que eles não foram os primeiros e que elas estavam na rua se oferecendo. Usando o mesmo raciocínio um marido que bate na esposa está justificado pois ela “pediu isto” e alguém que oferece suborno está perdoado pois não foi o primeiro a fazer isto.

O artigo 244-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deixa muito claro que exploração sexual de qualquer tipo é crime! Precisamos abrir os olhos pois vivemos em uma sociedade em que começo a ouvir adultos defendendo pedofilia como algo normal. Afinal, quem não sabe que na Grécia e no mundo romano isto era comum dizem eles. Se nós adultos que deveríamos proteger as nossas crianças começarmos a abusar delas que futuro teremos como sociedade?

Falta-nos referenciais absolutos, valores vinculados ao que é certo e errado. Não sabemos mais o que abençoa e amaldiçoa, o que constrói ou destrói. A história nos fala da desintegração de uma sociedade onde “cada um fazia o que lhe parecia certo”. Será que estamos vivendo um momento parecido em nosso país?

Talvez o que nos falta é romper o silêncio dos bons que não compactuam com estes desvios de conduta mas se omitem escondidos no anonimato. Você concorda com esta decisão do STJ? Você acha que um marido tem o direito de bater fisicamente na sua esposa? Você acha que só é culpado quem aceita o suborno? “Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.”

Vamos agir para promover mudanças? Jesus chamou de feliz, “bem-aventurados, os que têm fome e sede de justiça” e prometeu que os que assim viverem “serão satisfeitos”. Vamos viver assim?

“Deus, me ajude a ter voz para promover justiça e atos que confirmem esta voz! Amém.”