Há alguns anos fui visitar um asilo de idosos e comecei a conversar com alguns deles. Entre eles havia um senhor de oitenta e dois anos, cuja história de vida chamou-me a atenção. Disse-me que fora uma pessoa rica, tinha viajado o mundo inteiro, teve muitos bens e que, “de repente”, se vira naquele asilo sem bens, família e ninguém. Foi assim que ele resumiu a sua história. Fiquei empático diante do que ouvi, mas, na verdade todos nós sabemos que quase nada na vida acontece “de repente”. O que somos hoje é de modo geral o resultado do que fizemos durante a vida.

Sócrates falou certa vez que “uma vida que não é analisada não merece ser vivida”. Moisés pediu a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria”. Quando a cada dia buscamos um coração sábio em Deus, podemos fazer balanços diários de como estamos lidando com bens materiais e com as pessoas ao nosso redor, e com certeza podemos fazer o melhor.

A quem estamos dando prioridade na vida? Tenho visto algumas pessoas que às vezes conversam sobre trabalho, outras sobre entretenimento e algumas sobre adquirir bens, sobre pessoas, umas querendo ajuda-las outras prejudica-las. Estamos no ano internacional do voluntariado. O que você tem feito para ser solidário com os que precisam – de coisas materiais ou valores e princípios – e estão ao seu redor? Você tem dado o melhor de sua vida, para si e os outros? Sua vida faz alguma diferença onde você está? Jesus falou: “que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma.” Ele quis dizer que a vida não se resume em adquirir bens, ter bons relacionamentos, status etc.

É preciso algo mais de sabedoria divina. O rei Davi conseguiu resumir isto: “Entrega o teu caminho ao Senhor (Deus), confia nele, e ele agirá” Eu não quero que “de repente” algo me aconteça, por isto eu já decidi entregar minha vida para Deus.

E você, vai encarar?