Átila

Acho que todo mundo já passou pela experiência de tirar uma fotografia. Isso é quase universal. Ela figura como meio de comunicação importantíssimo no trânsito de nossas memórias mais queridas ou mais detestadas. Você se lembra da velha foto, altamente constrangedora, de você bebezinho(a), em trajes sumários ou mesmo pelado sobre a cama? O que será que passa na cabeça desses pais? Ainda gostam de mostrá-la prá todo mundo! E a outra, que mostra você mais crescidinho(a) naquelas roupas que faziam sucesso. Bem dito, faziam sucesso na época! Calças ou vestidos exibindo o xadrez característico, nas cores mais berrantes… Coisa linda! Depois, adolescente. Lembra-se? O corpo que não conseguia esconder a falta de simetria, as espinhas pululando de cada milímetro da face…

Nessa época eu precisava de óculos, sabe. Minhas fotos são maravilhosas! A armação feita de osso, bem escura, me deixava com aquela aparência interessante. Tenho um álbum com fotos onde estou segurando livros e mais livros – meu pai queria que eu fosse advogado ou médico – todos em inglês. Lembro-me de dois em especial: “O Congresso dos Estados Unidos” e “A História de Mao Tse Tung”. Em inglês! É claro que nunca me serviram.

Daí “evoluímos” para as fotos com namoradas(os) em festas de casamento. Proporcionamos a nós mesmos situações desagradáveis quando deixamos para trás aquele relacionamento e encontramos um novo amor. Precisamos explicar tudo, quem era a pessoa da foto, quanto tempo namoramos, relembrar acontecimentos ruins e se ele ou ela ainda figuram em nosso coração. O “novo amor” quer saber tudinho!

Bem, mas você deve ter fotos muito especiais. Momentos eternizados que o(a) fazem viajar agradavelmente ao passado. Encontrar-se com passagens maravilhosas que se pudessem as reeditaríamos no presente. Tenho uma foto assim onde minha mãe aparece lendo sua Bíblia. Parece que ouço sua voz a recitar as palavras escritas:

“Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para os meus caminhos”
Salmo 119:105.

É um momento que se eternizou na minha história. Aprendi com ela que minha vida podia ter sentido mais extenso, podia se manifestar acima do mero ímpeto de obter coisas, conquistar degraus, postos mais elevados na “cadeia alimentar”, vencer sobre a concorrência, conseguir o que os outros também desejam desesperadamente… Minha vida podia ser eternizada! Bastava assumir um compromisso de vida, comigo mesmo, objetivando o melhor. Sua voz doce e calma falava-me do relacionamento que eu poderia desenvolver com aquele que tinha mudado sua própria vida, e eu via claramente essas transformações! Jesus podia proporcionar-me a vida abundante, eterna, que eu tanto buscava. Eternizar momentos é muito pouco quando se tem alguém com quem se pode descobrir a profundidade da alegria, do amor, da realização, da paz em meio aos problemas e reveses… Decidi fazer um teste e entreguei-me a Jesus, pedi que ele viesse liderar minha vida e conduzir-me para o melhor, para a vida que vale a pena ser vivida.

Sabe, isso aconteceu mesmo, verdadeiramente! A foto de minha mãe está lá. Agora é minha vez de “posar” com minha própria vida a fim de apontar para essa mensagem aos outros que passam por minha história, como você.

Que você possa viver a alegria que vem do compromisso pessoal de amor com Jesus a começar de agora! Eternize esse momento dentro de você!

“Porque a vida de uma pessoa não consiste na abundância de bens que possui..”
Lucas 12:15

“Porque o que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”
Mateus 16:16

Um abraço,