Marcio Tunala

O Dia das Mães é uma data comemorada no Brasil e, sem sombra de dúvida, uma data culturalmente imposta, aprendemos o mês e o dia que elas estão expostas em todos os canais de marketing comercial.

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A mãe é sem dúvida uma figura importantíssima na estrutura familiar. Ela é um grande alicerce na família. Uma mãe administra conflitos e dá o toque especial no convívio familiar. Elas nos ensinam valores diariamente e transformam o ambiente no lar em algo mais terno.

A data cada vez vem ganhando um espaço maior na mídia e já é a segunda data mais importante no comércio, perdendo apenas para o Natal. A exploração comercial da data pode estar sufocando o sentimento principal no coração dos filhos – o amor está sendo substituído pelo pacote de presente.

Nos dias que vivemos, o consumismo e o bombardeio de propagandas, torna-se o motivador principal de comprar um presente. Todo tipo de estratégias invade nossas casas através da mídia levando-nos até as lojas e shopping centers. Muitos filhos têm substituído o beijo, o abraço, momentos de conversa com a mãe por pacotes caros que não têm o ingrediente principal que uma mãe precisa e merece.

O lugar de uma mãe é no coração do filho e não no outdoor de shopping centers. No coração de cada filho precisa existir um sentimento de gratidão que faz da mãe uma lembrança constante. Uma mãe tem necessidades eminentes que não podem esperar o mês de maio. E os dias modernos com muita sutileza excluem da nossa agenda pessoas importantes que são credoras eternas de nossos sentimentos mais nobres.

Uma mãe feliz é aquela que tem filhos com tempo para ser e não ter, mas para o comércio o que interessa é seu dinheiro e não seu amor. Um presente não substitui a presença de um filho. A desestrutura familiar vem causando transtornos irreparáveis na nossa sociedade, e é preciso parar de agir controlado pelo consumismo imposto pela mídia, e agir de forma mais racional, É necessário buscar valores familiares perdidos no tempo, e reconquistar o papel real da mãe no coração dos filhos. O presente que muitos filhos estão verdadeiramente ofertando para suas mães é a amargura, a decepção, a ausência e sofrimentos acumulados no dia a dia de uma relação desumana.

A ausência de um filho não tem preço, a falta de amor e consideração não é substituída por pacotes coloridos. Um presente justo é impossível de ser comprado. O amor praticado no ano inteiro é o mais próximo do justo que uma mãe poderia receber de um filho.

Você pode até comprar um presente, mas não se esqueça de pedir perdão e mude de atitude. Um relacionamento honesto, regado pelo reconhecimento e gratidão, fruto do amor recebido é tudo que uma mãe precisa.

‘Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei.’