Átila

Milhares de pessoas estão preenchendo o seu final de noite de domingo com uma atração inspirada em programas de auditório campeões de audiência no passado (como Família Trapo, Bronco, etc.). Um dos momentos mais divertidos é protagonizado por Miguel Falabella e Marisa Orth. Termina com a frase “Cala boca, Magda”. ‘Magda’ é reflexo da personagem tradicional dentro do folclore social brasileiro, a mulher bonita e burra. Olhando mais fundo, podemos perceber que a graça fica em segundo plano e a maneira de encarar a figura feminina com desprezo se estabelece como jeito de ser e pensar. As mulheres no Brasil são encaradas como inferiores, sub-raça, pessoas que tem menos importância que o homem. Refletem essa realidade, verdades que se manifestam através de salários menores, assédio sexual, humilhação e opressão pela força (o número de mulheres que sofrem maus tratos é infinitamente maior), oportunidades escassas e muitas outras… Ao pensarmos na família encontramos a filosofia do “Cala boca, Magda” impregnada nos valores mais básicos de relacio-namento. Quantas mulheres vivem situações de falta de dignidade, submissão medíocre e desfocada, sendo utilizadas como objeto sexual, perpetuando este esquema em vigor há muitos anos! A dependência excessiva e a falta de perspectiva social, emocional e espiritual da mulher que se deixa levar por este tipo de tratamento se torna evidente e insuportável com o desenvolvimento do relacionamento. Devo lembrar quantas crianças têm sido influenciadas por este tipo de postura, meninos e meninas, aprendendo como relacionar-se sem pontos de referência sadios e equilibrados.

Fico impressionado com a dignidade e a importância que a Bíblia trata a mulher. Para seu contexto histórico-cultural valorizar a mulher era “remar contra a maré”. Mas foi Jesus que trouxe à sua época (e à nossa também) um padrão completamente novo, uma referência que restaura, que trás o universo feminino para o lugar de importância que tem! Existe um trecho que diz o seguinte:

“Desse modo não há diferença entre judeus e não judeus, entre senhores e servos, entre homens e mulheres: todos vocês são iguais por estarem unidos com Cristo…” Bíblia, livro de Gálatas, capítulo 3 verso 28Note o final do trecho “…homens e mulheres… são iguais… unidos a Cristo.”. Está aqui o segredo. Nossa sociedade não consegue enxergar as pessoas como iguais em importância, oportunidades e dignidade porque não pautam sua atuação existencial nos princípios de vida de Jesus. Não estou falando de padrões religiosos, falo de estilo de vida! Ah, se todos pudessem dar um pouco mais de atenção à prática dos ensinos de Jesus, à Bíblia, verdadeiro “Manual do Fabricante” para o homem e a mulher modernos! Tenho certeza, por experiência própria, que todos viveriam muito mais seguros, tranquilos, sem necessidade de buscar em coisas passageiras a razão de viver, a felicidade, o Ser. Teríamos tempo para sermos GENTE e investirmos no que é realmente importante!!!

Pense um pouco mais sobre isso. Eu tenho aplicado estes princípios em meu lar, com a esposa e filhos, e os resultados são sensacionais, de uma forma que jamais esperei. Pode experimentar!

Tudo de bom!

Texto Bíblico Utilizado: Gálatas 3:28